Motor para Elevador

A empresa de Jaraguá do Sul (SC) tem tradição em projetos de desenvolvimento tecnológico. Á pedido da Atlas Elevadores, a WEG projetou um motor capaz de eliminar o redutor mecânico. Em parceria com o cliente, a WEG desenvolveu um motor que pode ser acoplado diretamente ao guincho do elevador que, graças ao uso de ímãs de terras raras, mantém o torque mesmo em baixas rotações. O protótipo funcionou muito bem e o produto tem boas perspectivas de sucesso comercial. Além de ampliar o potencial do filão de elevadores, o desenvolvimento de motor síncrono a ímã permanente de terras raras assegurou à Weg o reconhecimento na segunda edição do Prêmio Finep de Inovação Tecnológica.


A WEG é uma empresa brasileira fundada em 1961, quando Werner Ricardo Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus começaram a fabricar motores elétricos em Jaraguá do Sul. Werner Ricardo Voigt era então dono de uma oficina de conserto de motores, Eggon João da Silva, demissionário da gerência de uma indústria local, e Geraldo Werninghaus, um bom mecânico. Na época, fabricar motores elétricos numa cidade do interior de Santa Catarina parecia uma ideia sem propósito. Os primeiros anos foram de trabalho duro para que a resistência a uma marca desconhecida fosse vencida e a qualidade do produto fosse reconhecida. Hoje a WEG é a maior indústria de motores elétricos da América Latina, está presente em mais de 50 países nos cinco continentes.

Eggon dá seu depoimento sobre a WEG: “Se o empresário tiver disposição, terá que abdicar das coisas, dedicar-se realmente ao trabalho e levá-lo como um sacerdócio. Terá que pensar que ir a um cinema ou jantar fora, por exemplo, representam gastos. O sucesso só é possível com trabalho duro. No início, éramos vistos como empresa de fundo de quintal. Assim, nossos concorrentes nos esqueciam e nós íamos trabalhando as brechas que eles deixavam. Fizemos o interior, que os concorrentes esqueciam, e conquistamos São Paulo passo a passo, com vendedores de nível, munidos de material promocional de qualidade. Quanto às multinacionais, só atrapalham quando querem participar como sócias. Pode-se competir com elas. É vantajoso comprar a tecnologia que estão dispostas a vender. Mas, se entram como sócias, acabam querendo amanhã ou depois tomar conta. Tivemos uma experiência desastrosa com a Azéa, que nos tentou usar como testas-de-ferro. Desistimos na associação. Na minha opinião, ‘joint ventures’ não dão certo, porque os interesses das partes conflitam. São culturas muito diferentes” 

Ninguém prestou muita atenção quando a WEG foi fundada, em 1961, em Jaraguá do Sul, Santa Catarina. Quem iria acreditar numa fábrica de motores que começou com um capital inicial equivalente a três fuscas, nove funcionários e três sócios sem tradição na área? Mas isso não desestimulou Werner Ricardo Voigt, dono de uma oficina de conserto de motores, Eggon João da Silva, demissionário da gerência de uma indústria local, e Geraldo Werninghaus, um bom mecânico. Juntando as três letras iniciais de cada nome, eles batizaram a empresa – que oficialmente se chama Eletromotores Jaraguá Ltda. – e partiram corajosamente para a produção, que atingiu naquele ano 146 unidades. Hoje, a WEG detém 85% do mercado nacional de motores trifásicos e 50% dos monofásicos, tem 7,2 mil funcionários e projeta um faturamento para 1988 de US$ 250 milhões. Além disso, ela é a holding de um grupo que se desdobra em WEG Acionamentos, voltada para a parte eletrônica de potência; WEG Máquinas, destinada a produzir motores especiais de alta potência; WEG Transformadores; WEG Automação; WEG Penha Pescados; e WEG Florestal, para suprir as necessidades do grupo para embalagens. Eggon afirma “Se o empresário tiver disposição, terá que abdicar das coisas, dedicar-se realmente ao trabalho e levá-lo como um sacerdócio. Terá que pensar que ir a um cinema ou jantar fora, por exemplo, representam gastos. O sucesso só é possível com trabalho duro.”

Fonte: 
http://www.expressao.com.br/finep/premio_finep_venc.htm 
http://www.weg.com.br 
acesso em maio de 2002
http://www.empresario.com.br/memoria/entrevista.php3?pic_me=222 
acesso me março de 2005 

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