“Chapéu de Couro”

Planta comum à beira dos rios brasileiros, o chapéu-de-couro (Echinodorus macrophyllum) é também chamado de chá-mineiro, chá-de-campanha, erva-do-pântano e erva-do-brejo. Planta ereta, que pode atingir de 1 a 1,5m de altura, com flores hermafroditas bastante numerosas. Ocorre de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul. O uso constante de chapéu-de-couro faz com que, em pouco tempo, os efeitos benéficos da planta sejam sentidos em todo o organismo. As manchas, cravos e espinhas desaparecem da pele; a energia e o bem-estar voltam, o humor melhora. Isto acontece porque as folhas desta planta brasileira fazem os rins, o fígado e os intestinos funcionarem melhor, eliminando todas as toxinas que, permanecendo no corpo, comprometem a saúde. Além disso, ela ainda tem boa atuação na depuração do sangue, o que a torna indicada como remédio auxiliar no tratamento de artroses, do ácido úrico, do artritismo e das demais formas de reumatismo. Poderoso antisséptico das vias urinárias. O chá também é indicado nos regimes de emagrecimento, já que além de ajudar na eliminação da água e da gordura, fortalece os nervos e aumenta a energia.

 

Chapéu de Couro possui uma excelente ação anti-inflamatória provavelmente devido a presença de flavonóides. Seu uso contra reumatismo, furúnculos e eczemas é suportado por várias séries clínicas não controladas. Os flavonóides exibem também ação diurética. Os glicosídeos heterosídeos possuem atividade cardiotônica induzindo resposta inotrópica positiva. Os taninos atuam nas mucosas produzindo uma película protetora do epitélio, e promovendo uma ação antisséptica do local, por isso apresentam resultados clínicos positivos em úlceras infectadas e processos infecciosos nas mucosas. Os extratos de Chapéu de Couro possuem uma potente propriedade diurética, por aumento da taxa de filtração glomerular e aumento do débito urinário. Com isto estimula a eliminação de substâncias que são filtradas passivamente como algumas toxinas e o ácido úrico. O iodo orgânico presente em sua composição é responsável por sua atuação na função da glândula tireóide, podendo tanto ativar quanto inibir a secreção de T3 e T4.

Estudo realizado no Instituto Oswaldo Cruz (IOC) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) comprovou, por meio de testes in vitro e em animais, o efeito vasodilatador do extrato da planta brasileira Echinodorus grandiflorus, popularmente conhecida como chapéu-de-couro. Se confirmado o mesmo efeito em humanos, o composto poderá ser usado no tratamento crônico da hipertensão arterial. O chapéu-de-couro, planta encontrada em todo o Brasil, principalmente na região Sudeste, já era usado popularmente no tratamento da hipertensão arterial. Há cinco anos, pesquisadores do Laboratório de Farmacologia Neuro-Cardiovascular do IOC, em colaboração com o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), também da Fiocruz, iniciaram os testes para avaliar os efeitos da planta.

A próxima etapa da pesquisa será a análise toxicológica do extrato, para avaliar possíveis efeitos tóxicos do composto no organismo. Em seguida, serão realizados estudos clínicos em pacientes. Se os resultados forem positivos, os pesquisadores pretendem desenvolver um medicamento fitoterápico contra hipertensão que seja tão eficaz quanto os convencionais. Segundo o farmacologista Eduardo Tibiriçá, chefe do Laboratório de Farmacologia Neuro-cardiovascular do IOC, os medicamentos fitoterápicos não exigem o isolamento do princípio ativo, ou seja, não é necessária a purificação do extrato da planta até que se encontre uma ou mais substâncias responsáveis pelo efeito estudado. Além disso, a produção do fitoterápico deve usar um extrato padronizado a partir de um lote único de plantas, retiradas de um mesmo local e com as mesmas características químicas. “Com o uso do extrato bruto da planta, o tempo e o custo de produção são menores, já que não há gastos com o processo de purificação”, destaca.

Embora o chapéu-de-couro seja usado popularmente como anti-hipertensivo, o farmacologista ressalta que mesmo os medicamentos feitos à base de plantas podem oferecer riscos à saúde, o que evidencia a necessidade da análise científica.

Fonte:

http://www.professorberti.hpg.ig.com.br/plantasmedicinais/plantcdef.htm

http://www.aloevita.com.br/prod/prods3/couro.htm

acesso em julho de 2002

http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=51112

acesso em outubro de 2007

http://cienciahoje.uol.com.br/102165

acesso em junho de 2008

http://lattes.cnpq.br/2089394406081512

acesso em outubro de 2008

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